Esboço para sua devocional e culto doméstico

 

Texto Bíblico: Mateus 5.31, 32.

I – Introdução

O Antigo Testamento não só aponta em direção a insistir que a luxúria é o equivalente moral de adultério (27-30), mas que também o é  o divórcio. Isso tem origem no fato de que as mulheres divorciadas, na maioria das circunstâncias, casam-se de novo (especialmente na Palestina do Século I em que provavelmente esse seria o meio de sustento dela). Esse novo casamento, quer da perspectiva da divorciada quer da daquele que se casa com ela, é adultério.

II – Entendendo os versículos 31, 32.

(1) O que a Lei de Moisés ensinava sobre o Divórcio e Novo Casamento?

A passagem do Antigo Testamento a que Jesus se refere (v.31) é Deuteronômio 24.1-4, cuja força propulsora é que se o homem se divorcia de sua esposa por “encontrar nela algo que ele reprova” (sem maiores definições do que seja), ele deve dar-lhe certidão de divórcio, e se ela, depois, tornar-se esposa de outro homem e se divorciar de novo, o primeiro marido não pode casar de novo com ela.

Notemos que o “adultério” não é mencionado dentro do ensino referente ao divórcio, porque o adultério era punido com a morte (cf. Jo 8).

(2) O que Jesus ensinou sobre Divórcio e Novo Casamento?

Essa dupla restrição – o certificado e a proibição de se casar de novo – desencorajava divórcios precipitados. Aqui, Jesus não entra na discussão do que é “encontrar nela algo que ele reprova”. Em vez disso, ele insiste que a lei apontava para a santidade do casamento.

Portanto, a forma natural de entender a expressão “exceto” é que o divórcio é errado porque gera adultério exceto no caso de ter havido fornicação (= imoralidade sexual). Nesse caso em que o pecado sexual já foi cometido, nada é declarado, embora pareça que nesse caso, permite-se, implicitamente, o divórcio, apesar de não ser obrigatório.

Mateus 19.3-9 é extremamente útil e importante quanto à correta interpretação desse ensino. Aqui Jesus nos apresenta três princípios sobre esse assunto:

O Matrimônio é santo aos olhos de Deus.

Deus nunca, em parte alguma, ordenou que alguém se divorciasse.

Só existe uma razão legítima para o divórcio – aquilo que é chamado de “relações sexuais ilícitas”. E o que dizer de 1 Coríntios 7?

Quanto mais estudamos o ensino de Jesus, tanto mais passamos a apreciá-lo. Aqui, por meio de umas poucas e simples palavras, Jesus:

(1)      Desestimula o divórcio;

(2)      Refuta a falsa interpretação rabínica da lei;

(3)      Reafirma o verdadeiro sentido da lei (cf. Mt 5.17, 18);

(4)      Censura a parte culpada;

(5)      Defende a parte inocente, e;

(6)      Ao longo de tudo isso, mantém o caráter sagrado e inviolável do vínculo matrimonial como ordenado por Deus!

Aplicação

  1. 1.       Casamento é muito mais do que um simples papel.
  2. 2.       Deus odeia o divórcio (Ml 2.16). Por essa razão Ele não recebia a adoração de seu povo no passado. E o que dizer de hoje em dia?
  3. 3.       Cristo disse certa vez para uma mulher surpreendida em adultério: “vai e não peques mais” (Jo 8). Sempre haverá espaço para perdoar o seu cônjuge, até mesmo nas situações mais difíceis. Pense nisso!
  4. 4.       O que sustenta o casamento não é amor conjugal, mas a nossa fidelidade à aliança que fizemos com nosso cônjuge. Hoje em dia, muitos vivem como se divorciados fossem, oprimindo, machucando, humilhando e dominando os seus cônjuges. O que você acha que Cristo pensa sobre isso?