“é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador que é Cristo, o Senhor”. (Lc 2:11)

Leia Lc 2:8-20

Nesse final de ano, inevitavelmente muitas pessoas ganharão muitos presentes. Como fruto do trabalho e dedicação, muitos serão promovidos no trabalho, outros ganharão novas mobílias, utensílios domésticos, roupas novas, viagens, homenagens, visitas de entes queridos e por aí vai… A verdade é que é muito bom ser presenteado por alguém. Gestos como esses, expressam muitas vezes a consideração, o carinho e a amizade que uma pessoa amiga merece.
Ao analisarmos a passagem bíblica de Lc 2:8-20, encontraremos um Deus gracioso, que diferente das motivações humanas expostas acima, prepara o seu melhor presente, seu único Filho, para dar em favor de pessoas que não mereciam nada. A demonstração desse amor incondicional revela que esse presente:

I – É um presente imerecido – (2:8-11)

É importante ressaltar que as Escrituras registram que a chegada do Salvador é anunciada primeiramente aos pastores (v.8-9). Os Pastores eram uma classe asperamente menosprezada pela sociedade devido a sua ocupação considerada inferior. Eles não conseguiam observar à risca todas as normas da lei mosaica, muito menos as diversas regras humanas que os fariseus engenhosamente inventavam. No entanto, a esses pobres pecadores indignos, sem recursos e sem méritos próprios que Deus revela a melhor notícia que um pecador poderia receber: “é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador que é Cristo, o Senhor” (vs.11). É desse modo que Deus anuncia as boas novas de salvação. Ele prepara o melhor presente e envia a nós pecadores. É o Deus santíssimo doando seu único Filho amado em favor de seres indignos e incapazes de obedecer perfeitamente sua Palavra. É graça divina vinda a nós; é um presente imerecido.

II – É um presente surpreendente – (2:12-15)

O texto bíblico relata que a chegada do Messias não foi tão atraente aos olhos humanos como as sofisticadas caixas de presentes que recebemos no Natal e ano Novo. Ele não nasceu num berço de ouro de uma família rica, nem rodeada de gente famosa, muito menos numa maternidade decente, mas numa família humilde e sem teto. Seu berço foi uma manjedoura, sua plateia, os animais. Quem poderia imaginar que dentro de uma caixa de madeira, coberta de faixas estaria o Salvador dos eleitos de Deus? Quem poderia imaginar que aquela criança indefesa seria aquele que carregaria a cruz pesada em nosso lugar, que seria o sacrifício perfeito para perdão dos nossos pecados e satisfaria toda justiça divina? Quem poderia imaginar? Realmente você deve concordar: não é um presente surpreendente? “Glória Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (vs.14). Receber Jesus Cristo com seu Salvador e Senhor é o melhor presente do mundo. É gozar da verdadeira paz, da verdadeira felicidade eterna.

III – É um presente para ser compartilhado (2:16-20)

Note que ao tomar conhecimento das boas novas, os pastores não guardaram a notícia para si, mas saíram anunciando tudo quanto tinham ouvido acerca do Salvador (vs. 17). Eles não ficaram questionando se as pessoas iriam crer ou não, mas eles anunciaram com fidelidade a mensagem de Deus para os homens. Assim como os pastores de Belém, nós cristãos não devemos nos esquecer do nosso chamado. Não podemos nos render ao pessimismo e desesperança deste mundo, mas no poder do Espírito Santo, inflamarmos nossos corações com essa boa-nova de salvação, anunciando a um mundo sem paz e justiça que o príncipe da Paz já chegou trazendo esperança e perdão. O Messias prometido já nasceu, viveu, morreu e ressuscitou para salvação de todo aquele que Nele crer. E você, o que está esperando para compartilhar dessas boas novas?

Pr. José Nilton