A Mão Poderosa de Deus no Deserto

Amada congregação,

Nestes dias em que tantas vozes nos cercam, tantas notícias nos inquietam e tantos desafios nos sobrecarregam, o chamado de Cristo ressoa suave e forte em nossos corações: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim” (João 14:1). Ele nos lembra que, mesmo quando não compreendemos o caminho, Ele é o Caminho; quando não sabemos em quem confiar, Ele é a Verdade; e quando o cansaço nos toma, Ele é a Vida.

O texto de Números 21:10-35 nos leva ao deserto com Israel: um lugar de provas, lutas e milagres. Ali, Deus abriu fontes no deserto, deu vitórias inesperadas sobre reis poderosos como Seom e Ogue, e ensinou Seu povo a cantar novos cânticos de gratidão. O deserto, lugar de sofrimento, tornou-se também lugar de encontro com o Deus vivo. Como disse o puritano Thomas Brooks: “Os ventos de aflição sopram os homens para mais perto de Deus”.

Quantas vezes nossos caminhos se tornam áridos, e nossos corações se enchem de medo e dúvidas! Mas é justamente nesses momentos que Deus nos chama a olhar para Ele. Ele abre os olhos cegos como abriu os de Balaão; Ele levanta corações abatidos como levantou os de Israel. O puritano Richard Baxter nos aconselha: “Fale muito com Deus sobre seus problemas, e pouco com os homens”. Cristo está perto. Ele nos guia com Sua vara e o Seu cajado.

Richard Sibbes disse certa vez: “Há mais misericórdia em Cristo do que pecado em nós”. Thomas Watson completa: “As nuvens mais escuras da providência muitas vezes derramam as chuvas mais ricas de bênçãos”. O grande reformador João Calvino nos exorta: “A verdadeira paciência não consiste em simples resistência aos males, mas em aceitar voluntariamente a mão de Deus, sabendo que Ele é nosso Pai amoroso.” Não estamos entregues à sorte, nem somos guiados pelo acaso. Somos guiados pelo Senhor que venceu o pecado e a morte, e que governa nossas vidas com amor eterno.

Assim como Israel levantou cânticos de gratidão no meio do deserto, somos chamados a cantar em nossos desertos pessoais. Mesmo entre lutas, nossa esperança permanece: Deus é fiel. Ele nos leva adiante não porque somos fortes, mas porque Ele é fiel à Sua aliança. Calvino escreve em seu comentário de Números que “Deus, ao fazer florescer suas promessas no terreno árido, revela Sua bondade para com um povo que não merecia, mas que Ele amou soberanamente”.

Neste Dia do Senhor, que nossos corações descansem em Cristo. Não permitamos que os medos nos dominem, nem que as batalhas silenciem a nossa fé. Como disse o puritano John Owen: “A fé é a âncora da alma em meio à tempestade”. Jesus Cristo nos prometeu que não nos deixaria órfãos, e Ele é fiel. Sigamos juntos, amando, crendo, cantando e confiando nEle. Quando vier a prova, lembre-se: o deserto não é abandono, mas escola da graça. Quando vier a vitória, lembre-se: não é conquista humana, mas dádiva divina.

Com amor pastoral e oração,

Pr. Alan Kleber

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