Encontrou-se com o único mal irremediável… é com esta frase que o personagem de Ariano Suassuna, Chicó, define a morte no livro “O Auto da Compadecida”. Um frase simples, mas forte e cheia de significado. Mas escondida nesta frase está implícito algo. Implícita a certeza que a morte sempre será vencedora.

Sim, quando pensamos nisso, o máximo que podemos fazer é prolongar um pouco a corrida, mas um dia, este mal irremediável vem, vê e vence. Diante da morte, o sentimento de perda sempre é duplo, seja pelo ente querido que se foi, seja pela certeza que a morte ganhou mais essa. Que inimigo formidável, e por isso aterrorizador.

Mesmo que a morte seja natural ao ser humano, nunca sabemos como reagir diante dela. Perdemos de novo? Qual o sentido de viver se sabemos que um dia vamos ser derrotados? O que importa ter conquistado tanto nesta vida se seremos derrotados cedo ou tarde? Por mais amigos poderosos e influentes que eu possa ter, quem tem poder para me livrar deste grande mal?

A pergunta que dá título a este texto foi feita pelo apóstolo Paulo na primeira carta aos Coríntios no capítulo 15. Ele explica que se estamos em Cristo, este mal irremediável tem cura. Sim! Que até este inimigo foi derrotado! Mas não por nós, nem pelos nossos amigos, mas pelo Senhor Jesus Cristo. Foi ele que precisou ser morto em nosso lugar para que até a morte fosse para nós a certeza de que não somos perdedores, mas muito mais que vencedores.

Acredito que a melhor reação diante da morte seja sempre o arrependimento. De vermos aqueles que se foram e lembrar de nossos pecados e como eles nos fazem ver a vida de forma turva e depravada, de ver a morte como um inimigo imbatível. Mas em Cristo temos a perspectiva correta de que a morte é a nossa vitória e o início de uma verdadeira vida. Naquele que tudo sofreu, inclusive a morte, por nós, Cristo Jesus. Que ele nos console, nos dê a perspectiva correta e seja o nosso Salvador.

Em Cristo, o Vencedor do mal irremediável,

Pr. Leonardo Oliveira
IP do Joquéi, Teresina-PI