“… o mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus santos; aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória” (Cl 1.26-27).

Na madrugada da última segunda-feira (07/07), descansou no Senhor nosso querido irmão, Presbítero Ezequiel Oliveira da Silva. Aprouve a Deus chamá-lo para Si, para que habitasse finalmente no Reino Celestial. Certamente, Ele tem em seu calendário o ano, o mês e o dia para falar: “Preciosa é aos olhos do SENHOR a morte dos seus santos” (Sl 116,15).

Providencialmente, porque no dicionário do crente não existe as palavras “acaso” ou “coincidência”, no dia seguinte, o Brasil viu o sonho do hexacampeonato mundial tornar-se em pesadelo. Em poucos minutos, a seleção canarinho tomou da Alemanha a maior goleada da história das copas do mundo. De fato, Deus tem seu calendário pronto, desde os tempos eternos, onde decretou tudo, mas tudo mesmo, inclusive o resultado dos mundiais de futebol.

Dois pesos, duas glórias, dois tesouros. O primeiro, celestial, completamente diferente de tudo aquilo que é terreno e limitado porque é eterno. Quando Pedro escreveu a igreja de Cristo comunicou com muita clareza, porque os tesouros celestiais são infinitamente superiores:

“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros” (1Pe 1.3-4).

Já a glória deste mundo é tão temporária e limitada como a emoção de vestir-se de verde e amarelo, colocar bandeiras nos carros, pintar o rosto, torcer, gritar gol, e ver como a dor e a tristeza de uma derrota nos fazem apagar tudo isso tão rapidamente; não mais verde e amarelo, não mais bandeiras nos carros, rostos lavados, não mais alegria ou gritos de gol.

Ó, a glória do céu! Esta é completamente diferente, porque:

Somos pessoas completamente perdoadas por Deus (Mt 6.14);
Nossas orações são respondidas (7.7);
Nossos nomes arrolados no céu (Lc 10.20);
Somos amados pelo Pai (Jo 16.27);
Somos bem-vindos, não somente às mansões celestiais, mas também ao próprio coração do Salvador (Jo 14.2, 3);
Temos uma plena participação na paz de Cristo (Jo 14.27);
Na sua própria alegria (Jo 15.11);
Na sua própria vitória (Jo 16.33);
E na habitação interior e permanente do Espírito Santo (Jo 14.16, 26; 15.26).

Os tesouros celestiais são de duração eterna, uma possessão intransferível dos filhos do Pai celestial. A Palavra de Deus quando fala a respeito desta herança nos ensina que o tesouro celestial é:

Como uma fidelidade que jamais será removida (Sl 89.33; 138.8);
Como uma vida que jamais findará (Jo 3.16);
Como um manancial de água que jamais cessará de fluir do interior daquele que a bebe (Jo 4.14);
Como dádiva que jamais se perderá (Jo 6.37, 39);
Como uma mão da qual a ovelha do Bom Pastor jamais será removida (Jo 10.28);
Como uma corrente que jamais se partirá (Rm 8.29, 30);
Como um amor do qual jamais nos separaremos (Rm 8.39);
Como um chamado que jamais se revogará (Rm 11.29);
Como um alicerce que jamais será destruído (2Tm 2.19);
Como uma herança que jamais fenecerá (1Pe 1.4, 5).

Uma final diferente que jamais esperávamos acontecerá hoje. Porém, muito maior e melhor do que tudo o que vivenciamos sediando em nosso país uma Copa do Mundo, permanecerá para sempre e sempre, o amor, a fé e a esperança da riqueza da glória do mistério do Evangelho revelado por Deus a nós: Cristo em nós, a verdadeira e real esperança da glória!

Nele, que nos faz mais que vencedores,

Pr. Alan Kleber