Amados irmãos,

Hoje é dia de eleição presidencial. Como cristão somos chamados a exercer a nossa cidadania enquanto peregrinos através do exercício dos nossos deveres e direitos. Isso inclui o chamado voto ético. Mas, à luz da Bíblia, o que seria um voto ético?

Esta é uma boa pergunta. A palavra “ética” significa o modo correto de se fazer algo ou alguma coisa. Como cristãos o nosso manual de comportamento ou ética é a Bíblia, a Palavra de Deus. Se Deus em sua Palavra exige de nós não apenas uma parte da nossa vida ou pensamentos, mas todo o nosso coração, logo compreendemos que não existe nada que pensemos, falemos ou pratiquemos que possa fugir da ética segundo os seus mandamentos.

Isso, portanto inclui o meu voto que também é um testemunho daquilo que creio como cristão ser o exercício da minha cidadania à luz dos valores do Reino de Cristo. Quais são as implicações práticas do voto biblicamente ético? Quero apresentar a você pelo menos três razões:

(1) O voto é intransferível e inegociável. Como crentes nós somos responsáveis pelo nosso voto, e por isso devemos votar com seriedade. Não podemos negociar o nosso voto em troca de favores como cargos públicos ou privados, posições de destaque, reformas de casas, remédios, óculos, ou até mesmo dentaduras.

(2) O cristão não deve violar a sua consciência política. A nossa consciência até mesmo em questões envolvendo a política deve estar cativa somente à Palavra de Deus. Precisamos analisar cuidadosamente a agenda dos candidatos a cargos públicos examinando suas ideias e propostas, verificando se elas são coerentes ou contraditórias. Um bom exemplo disso é perguntarmos o que o nosso candidato pensa a respeito de questões éticas conflitantes com a Bíblia, tais como a injustiça social, o direito à propriedade, o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a adoção de crianças por gays e lésbicas, a lei da mordaça, a lei anti-palmada, etc. Outra questão importante é investigarmos se ele é um candidato “ficha limpa”.

(3) O fato de um candidato se dizer cristão, ou usar o nome de Deus em sua campanha não deve constranger o seu voto. Não devemos votar em alguém simplesmente porque ele se diz evangélico ou porque é religioso. No primeiro turno assistimos na TV candidatos evangélicos que não sabiam nada sobre a cidade e o Estado onde moram. Eles não apresentaram nenhuma proposta convincente. Falavam em beneficiar igrejas ou valorizar a música gospel. Definitivamente, esses não dariam bons políticos, e portanto, não foram eleitos. Deixe-me ser mais claro: você escolheria um pastor para sua igreja somente porque ele é cristão? Eu penso que não, pois embora seja um requisito fundamental que o aspirante ao pastorado seja cristão, ele necessitará dos dons necessários para exercer o ministério. Caso contrário seu ministério será uma verdadeira tragédia! Isso também ocorre na vida pública. A vocação política não é para todos os homens.

Certamente, aquele a quem Deus já escolheu presidirá nosso Brasil, para bênção ou maldição. Que Deus abençoe o nosso país concedendo um presidente honesto, trabalhador e ético, pois feliz é a Nação cujo Deus é o SENHOR!

Nele, que tem o mundo em suas mãos,

Pr. Alan Kleber