Amada Congregação,

Deus é o nosso Redentor! Na Bíblia lemos o que Ele disse: ”Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão” (Êx 20.2). Tal declaração através dos séculos lembrou ao povo de Israel os feitos poderosos do Senhor ao libertá-lo de uma escravidão que durou 400 anos no Egito.

Um memorial chamado de ”A Páscoa do Senhor”, instituído perpetuamente por Deus, deveria marcar o dia em que Ele traria justo juízo para Faraó e poderosa salvação para os hebreus.

Moisés então transmite o mandamento do Senhor ao povo e este faz tudo àquilo que lhe foi ordenado. Um cordeiro sem defeito deveria ser morto; seu sangue aspergido nas ombreiras e vergas das portas; sua carne assada no fogo e comida com pães asmos e ervas amargas (Êx 12.7-10). O sangue inocente derramado seria o “sacrifício da Páscoa ao SENHOR” (Êx 12.26, 27). Deus feriria os egípcios, mas preservaria a Israel por meio de um sacrifício.

Qual o significado da Páscoa?

Embora o significado da palavra “Páscoa” seja simplesmente “passagem por cima”, seu sentido alcançou dimensões redentivas na história da salvação do povo hebreu:
“Desta maneira o comereis: lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão; comê- lo-eis à pressa; é a Páscoa do SENHOR. Porque, naquela noite, passarei pela terra do Egito e ferirei todos os primogênitos, desde os homens até aos animais; executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o SENHOR. O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito” (Êx 12.12, 13).

Cristo, nosso Cordeiro Pascal

Na plenitude dos tempos, Jesus Cristo viria ao mundo tornando-se “… o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 1.29). Assim como o sangue foi o sinal da justiça fazendo com que o Senhor não ferisse os hebreus passando por cima (páscoa) de suas casas, “… Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5.8, 9).

Em sua última Páscoa, Jesus Cristo trocou o velho pelo novo, instituindo uma “Nova Aliança” pelo seu precioso sangue:

“Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados”(Mt 26.26-28).
O juízo divino cairia sobre Ele. Em Cristo, Deus passaria por cima de nós e não nos visitaria em juízo. Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer” (Rm 5.6, 7). Jesus derramaria seu sangue para salvar o seu povo de seus próprios pecados
(Mt 1.21).

Conclusão

Na celebração de uma nova Páscoa anunciamos a morte do Senhor, mas também o seu retorno glorioso como Rei dos reis, uma vez que ele triunfantemente ressuscitou (1Co 11.26). Porque ele vive, nós temos uma viva e real esperança escatológica.
Precisamos falar para as gerações futuras o que nosso Senhor Jesus fez por nós. Não precisamos sacrificar mais cordeiros, porque o Cordeiro de Deus sacrificou a sua vida por nós. Do que precisamos? Precisamos crer em Jesus, na sua morte e ressurreição para sermos salvos.

Com o pão e o vinho, símbolos do corpo e do sangue de Jesus, celebremos nossa passagem da morte para a vida, com sinceridade e verdade, “Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado…” (1Co 5.7).
Feliz Páscoa!

Pr. Alan Kleber