a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus”; (Cl 1:10). Leia (Cl 1.9-11)

Continuando a analisar o conteúdo da oração de Paulo em Cl 1.9-11, identificamos na urgência do pedido (v.9); na finalidade do pedido (v.10) e na maneira ou condição submetida ao pedido apresentado a Deus (vs.11), as maiores necessidades da Igreja. No boletim passado, vimos na primeira parte (vs. 9), que a igreja de Cristo precisa urgentemente ser transbordada do pleno conhecimento da vontade de Deus, e de ser guiada em sua missão com toda a sabedoria e entendimento espiritual. Vejamos hoje na segunda parte (vs.10), para qual finalidade deve ser esse pedido.

A FINALIDADE DO PEDIDO (vs.10)

Se olharmos com mais atenção perceberemos que a finalidade do pedido apresentada no versículo 10 contempla três alvos a serem buscados como propósito supremo da Igreja: 1) “a fim de viverdes de modo digno do Senhor”; 2) “para o seu inteiro agrado”; e 3) “frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus”. Vejamos como a primeira pergunta do Breve Catecismo de Westminster está diretamente fundamentada a essa finalidade:
1) “a fim de viverdes de modo digno do Senhor” – A primeira parte da resposta da primeira pergunta do Breve Catecismo de Westminster nos diz que “o fim principal do homem é glorificar a Deus”. Logo, honrar ao SENHOR deve ser o principal fim da igreja. Por isso, quando Paulo fala “a fim de viverdes”, ele quer dizer que esse esforço pessoal deve ser algo comum e progressivo na vida de todos os santos (cf. Ef 4.1; Fp 1.27; lTs 2.12; 3Jo 6). Assim, a filanilade do entendimento espiritual e o objetivo do SENHOR em nos tornar hábeis, é de nos ajudar a andar em harmonia com as responsabilidades advindas desse novo relacionamento com Ele, renunciando nosso próprio entendimento e nos conformando com a sua vontade que é boa, perfeita e agradável (Rm 12.2).

2) “para o seu inteiro agrado” – A segunda parte da resposta da primeira pergunta do Breve Catecismo de Westminster nos diz que “e goza-lo para sempre”. O pedido de Paulo: “Para o seu inteiro agrado” fundamenta muito bem esse segundo alvo. O Pleno conhecimento da vontade do SENHOR, sua sabedoria e seu entendimento é essencial para descobrimos não só a finalidade do nosso viver, como também do nosso prazer. É em Deus que deve estar o nosso maior deleite. Não são poucos os cristãos que semelhantes aos crentes de Colossos estão sendo tentados a buscar a sua satisfação em outras fontes. Em certa medida, isso explica a grande quantidade de cristãos lutando contra Deus; vivendo deprimidos e insatisfeitos por Deus não fazer as suas vontades. Contrariando essa postura disse Jesus: “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou» (Jo 6:38). Ele ainda disse: “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra». (Jo 4:34). Portando, enquanto não entendermos que foi para esse fim que Deus nos criou, continuaremos perdendo de vista as preciosas oportunidades de nos deleitarmos em seu governo e providência, como também em contemplarmos o que nos aguarda na glória.

3) “frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus” –. As palavras “Frutificar” e “crescer” apontam para o resultado da graça de Deus tanto dentro de nós como fora de nós. Desse modo, Paulo nos ensina a melhor forma da Igreja atuar no mundo. O frutificar em toda boa obra é o resultado de uma vida de justiça, levando pessoas a Cristo (1Co 15.16), louvando a Deus (Hb 13.15), ofertando voluntariamente (Rm 15.26-28), vivendo uma vida piedosa (Hb 12.11) e demonstrando atitudes santas (Gl 5.22-23). Por isso, o nosso trabalho é de anunciar o Evangelho e de fazer discípulos de todas as nações, deve ser tão progressivo quanto a nossa necessidade de vivê-lo, a fim de deixarmos de ser meninos e crescermos no precioso conhecimento de Deus. Na verdade quanto mais nos dispomos na obra do SENHOR mais entendemos a sua vontade. Assim, glorificamos a Deus e o gozamos nessa vida e para sempre. Esse é o propósito dele para nós.

Pr. José Nilton