Amada Congregação,

A Bíblia diz que Jesus Cristo morreu pelos nossos pecados, a fim de que a justiça de Deus fosse satisfeita. Ele morreu de fato e seu sepultamento testemunha isso. Por essa razão a Escritura diz que “Preciosa é aos olhos do SENHOR a morte dos seus santos” (Sl 116.15). Que gloriosa verdade da Santa Palavra de Deus!

Mas, se Cristo morreu por nossos pecados, porque ainda precisamos morrer?

(1) Primeiro, porque a “… nossa morte não é o pagamento pelos nossos pecados…”, pois, “Que daria um homem em troca de sua alma? (Mc 8.37). Pelo contrário, a morte “… põe fim aos nossos pecados e é a entrada para a vida eterna”, como disse nosso Senhor Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (Resposta à pergunta 42, cf. Jo 5.24; Rm 7.24, 25; Fp 1.23).

(2) Em segundo lugar, quando um crente morre seu testemunho ainda fala. A Carta aos Hebreus nos lembra de que enquanto perseguimos a grande corrida da fé estamos cercados por uma grande nuvem de testemunhas (Hb 12.1). Essa nuvem formada pelos heróis da nossa fé (Hb 11) está a cada dia aumentando, à medida que o Senhor convoca os seus bravos combatentes a sua santa presença. Somos chamados a imitar a fé dos nossos pais e também permanecer firmes no testemunho do Evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo. Oh! Como será glorioso o dia em que unidos a Cristo encontrarmos todos os nossos irmãos que um dia viveram conosco! Enquanto esse dia não chega lembremos das palavras do apóstolo Paulo: “Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda” (1Co 15.22-23 ACF).

(3) Finalmente, Deus considera valiosa a morte do cristão porque quando um crente morre seu destino é certo. Se para o homem o salário do pecado é ter que morrer, o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus (Rm 6.23b). O Salmo 116 nos ajuda a lembrar que para aqueles que descansam no Senhor a morte ainda não é o fim, porque Cristo ressuscitou para destruir todos os seus e os nossos inimigos; e o último inimigo a ser destruído, nos diz o apóstolo, será a morte (1Co 15.26). Eis a razão pela qual, um funeral cristão não é marcado pelo desespero ou falta de esperança, mas apresenta um misto de saudade e alegria, enquanto a igreja louva:

Quando, afinal, em resplendor e glória,
Jesus abrir as portas da mansão,
Eu hei de estar de joelhos entre os santos,
Na mais humilde e vera adoração. (HNC 26)

Começamos portanto, a semana pela fé, sabendo que um dia nossa peregrinação terminará. Cremos que um dia, como disse Agostinho: “Haverá descanso e veremos, veremos e amaremos, amaremos e louvaremos. Eis o que haverá no fim e não haverá fim”.

Maranata!

Pr. Alan Kleber