Texto básico: Atos 6.1-7

INSTITUIÇÃO E NATUREZA DO OFÍCIO

O texto de Atos 6.1-7 descreve a interpretação clássica acerca da instituição do ofício diaconal. Conquanto alguns discordem, a terminologia empregada (διακονια e διακονεω) parece de fato indicar claramente que o episódio se refere à instituição dos diáconos.

É importante notar que a natureza deste ofício é indicada pela terminologia empregada e pelo texto de Atos 6. Os termos διακονια (serviço), διακονος (servo) e διακονεω (servir) denotam a natureza assistencial do ofício diaconal. Todos, presbíteros, mestres e diáconos são ministros, servos, mas enquanto os dois primeiros são ministros do governo e do ensino, os diáconos são os ministros da assistência. Compete-lhes assistir (auxiliar) os presbíteros, dedicando-se às funções temporais, para que os presbíteros possam dedicar-se especialmente à supervisão espiritual do rebanho, pregação e ensino da Palavra de Deus.

Portanto, os diáconos estão para os presbíteros no Novo Testamento, assim como os levitas estão para os sacerdotes no Antigo Testamento: eles são auxiliadores dos presbíteros, pastores ou bispos. A esses o apóstolo Paulo exorta a realizarem bem a sua tarefa na área específica que lhes compete: a diaconia.

QUALIDADES PARA O EXERCÍCIO DO OFÍCIO

As qualidades exigidas para o exercício do ofício diaconal são indicadas em duas passagens bíblicas:

1. Atos 6.1-7

a) Devem ser homens de boa reputação. Isto é, de conduta íntegra, homens moralmente, espiritualmente e intelectualmente qualificados para o exercício do ofício.
b) Cheios do Espírito e de sabedoria, que demonstrem os frutos do Espírito (Gálatas 5), e a aptidão para servir, auxiliar, socorrer, assistir.
2. 1 Timóteo 3.8-9
O segundo texto detalha estas qualificações, requerendo que os diáconos:
a) Que sejam homens dignos;
b) Verdadeiros;
c) Temperantes;
d) Apegados ao mistério da fé;
e) Que se empenham a viver de acordo com os seus preceitos;
f) Que sejam testados e aprovados;
g) Que suas esposas também demonstrem boa conduta;
h) E que saibam governar bem a própria família.

Pr. Alan Kleber