Pergunta 107. O que nos ensina a conclusão da Oração do Senhor?

Resposta: A conclusão da Oração do Senhor, que é: “Porque teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém”, nos ensina que: Devemos confiar somente em Deus (Dn 9.18, 19), e Louvá-lo em nossas orações, atribuindo-lhe reino, poder e glória (1Cr 29.11- 13). E em testemunho do nosso desejo e certeza de sermos ouvidos, dizemos: Amém” (1Co 14. 16; Ap 22.20, 21). Breve Catecismo de Westminster.

Exposição e Análise

1 – Devemos confiar somente em Deus (Dn 9.18, 19)

Jesus nos ensina que, após concluirmos nossas humildes petições, devemos voltar os nossos olhos novamente para os céus (como no início da oração) em adoração, concentrando nossos pensamentos e coração no amor e na majestade de Deus, com toda a confiança de que nossa oração será atendida.

2 – Devemos louvar ao Senhor com nossas orações atribuindo-lhe o reino, o poder, e a glória (1Cr 29.11, 13)

– Porque teu é o reino, santificado seja o teu nome. Já que teu é o direito soberano como Rei, que o teu nome seja honrado entre os homens.

– Porque teu é o reino, venha o teu reino. Porque é justo que a tua autoridade divina seja reconhecida com reverência sobre corações e vidas, venha o teu reino.

– Porque teu é o reino, seja feita a tua vontade, na terra e no céu. Visto que tu és Rei sobre tudo e todos, que a tua vontade seja obedecida por nós.

– Porque teu é o reino, o pão nosso, de cada dia nos seja dado. Que o Senhor e Rei de toda terra proveja tudo o que seus pequeninos necessitam.

– Porque teu é o reino, que as nossas dívidas sejam perdoadas, pois assim como temos perdoado aos nossos devedores, necessitamos do perdão do Rei dos reis.

– Porque teu é o reino, não permitas que caiamos em tentação, mas livra-nos do mal. Visto que tu és um Rei Todo-poderoso que os nossos terríveis inimigos, o mundo, a carne e o diabo sejam destruídos.

 * Reconhecemos não só o direito do Pai de atender nossas petições, pois Ele é Rei sobre tudo, mas também reconhecemos o seu poder para fazer todas as coisas. Todo o poder pertence a Deus, o nosso Pai:

– Sobre o universo inteiro e tudo o que nele contem (Sl 24.1).

– Inclusive o poder que reside dentro de tudo: no sol para brilhar, nos ventos para soprar, nos rios para fluir, nas plantas para crescer, nos cabelos quando ficam brancos ou caem, no rosto envelhecido, na madre quando se fecha. Ainda é seu poder exercido sobre as forças das trevas, embora sejam culpadas de seu mau uso. Se todo esse poder não fosse seu, como Deus seria capaz de governar todas as coisas para o nosso bem?

* Contemplando como todas as virtudes de Deus são refletidas na criação e redenção de seu povo, os filhos deste Pai celestial, profundamente impressionados com as manifestações do seu poder, sabedoria e bondade, acrescentam: a Ele toda a glória!

3 – E no testemunho e certeza de que seremos ouvidos, dizemos amém (1Co 14. 16; Ap 22.20, 21)

Por que encerramos nossas orações com “amém”?

– Para manifestar o desejo sincero e real e a confiança de que Deus ouvirá e responderá às nossas petições.

  • Porque somente Deus pode nos socorrer, pois possui soberania eterna (o reino), onipotência (o poder) e a excelência gloriosa (a glória).

– Porque o “amém” no final da nossa oração é como uma assinatura no final de uma carta, uma indicação ou sinal da nossa fé e desejo sincero de que sejamos atendidos. Uma demonstração de reverência.

Pr. Alan Kleber