“Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação” (Fp 4.11). Quando oramos “o pão nosso de cada dia dá-nos hoje”, estamos orando para que Ele nos ensine a viver contente com aquilo que temos, uma porção diária das chuvas de bênçãos. Estamos orando para que Ele nos discipline a viver um dia de cada vez em lugar de fazermos a oração que está cheia de ganância e que clama: “Mais, eu quero mais!”
“A satisfação de uma necessidade material não deverá ser interpretada como sendo nem o motivo verdadeiro nem a medida de minha alegria. Pelo contrário, quaisquer que fossem as circunstâncias exteriores, eu ainda estaria satisfeito. A experiência que tive na minha conversão, e também as provações subsequentes por amor a Cristo e seu Evangelho, uma lição me ensinaram. O caminho que viajei levou-me cada vez mais perto de Cristo, de seu amor, de seu poder, sim perto de Cristo e do contentamento nEle. O próprio contentamento assim é riqueza para mim” (William Hendriksen).
Que Deus nos ajude a aprender a orar pelo “pão nosso de cada dia” e sentir com a oração que estamos contentes com o que temos. Vamos nos lembrar sempre que temos muito mais do que merecemos e que Deus é perfeitamente capaz de nos dar muito menos do que temos! Devemos estar bendizendo a Deus pelo nosso pão diário, reconhecendo que Ele sabe o que é melhor para nós. É uma lição que temos de aprender, tudo para sua glória.
Faz alguns anos, Deus me deu o privilégio de observar uma menina de oito anos de idade mostrando o quarto para outra menina que o estaria compartilhando. Era uma escola para crianças de lares desfeitos onde eu estava servindo ao Senhor. Os olhos da menina passaram pelo quarto, incluíram a cama, os lençóis limpos, a cômoda de três gavetas, seu próprio espaço no armário embutido. Ela virou-se para mim e disse: “Tudo para mim? Uau! Isso é como o céu!” Pode ser difícil para algumas pessoas entender seu entusiasmo, mas deve ser notado que de onde ela vinha essas coisas não eram comuns para ela. Sua vida havia se passado sem essas maravilhas. Uns três meses mais tarde ela chegou perto de mim, pegou-me pela mão, e disse: “Obrigado de novo por todas as coisas que eu tenho!”. Ela estava contente, e parte de seu contentamento foi motivado pelo reconhecimento de que: (1) Ela não merecia o que tinha; (2) Ela estava muito melhor do que estivera. Possamos nós aplicar sua posição material e reconhecimento a nossa posição espiritual! Que nossa oração seja feita numa atitude de contentamento: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje”.
Pr. Leonard Van Horn