Estudo Bíblico para Discipulado e Culto Doméstico
Introdução – Leia Mateus 8.18-22:
18 Vendo Jesus muita gente ao seu redor, ordenou que passassem para a outra margem. 19 Então, aproximando- se dele um escriba, disse- lhe: Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores. 20 Mas Jesus lhe respondeu: As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça. 21 E outro dos discípulos lhe disse: Senhor, permite- me ir primeiro sepultar meu pai. 22 Replicou- lhe, porém, Jesus: Segue- me, e deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos.
O que Jesus exige de todo aquele que decide segui-lo?
(1) Que se apresente como seu discípulo – vv. 18, 19:
– Jesus resolve partir para o outro lado do mar da Galiléia. Sua partida estimulou algumas pessoas a rogar-lhe que as incluísse no círculo de discípulos que iriam com ele.
– No sentido restrito, discipulado requer uma ligação próxima com o mestre do indivíduo. Mateus registra o pedido de dois candidatos ao discipulado. O primeiro deles, um mestre da lei (escriba). O segundo candidato é chamado de “… outro que era seguidor de Jesus”.
(2) Que considere seriamente o custo de segui-lo – v. 20:
– “Nada causou mais dano ao cristianismo que a prática de encher as fileiras do exército de Cristo com todo voluntário que esteja disposto a fazer uma pequena profissão de fé e falar fluentemente a respeito de sua experiência” (Ryle).
– O propósito de nosso Senhor Jesus nunca foi ter apenas seguidores. Seu chamado era para aqueles que fossem verdadeiros e firmes. Muito mais que números, Ele estava à procura de verdadeiros servos para Seu Reino.
– Jesus estaria sempre em movimento, não teria riquezas para oferecer, moradia para seus discípulos porque não tinha uma casa. Com o desenvolver da história a Judéia o rejeita (Jo 5.18), a Galiléia o expulsa (Jo. 6.66), Gadara roga que ele deixe a região (Mt 8.34); Samaria lhe nega hospedagem (Lc 9.53), a terra não o quer (Mt 27.23) e, por fim, até mesmo o céu o abandona (Mt 27.46).
– Jesus não convida ou repreende o primeiro candidato, mas leva-o a refletir que o verdadeiro discipulado não é confortável (auto-negação) para os que desejam seguir o “Filho do Homem” e que antes de tudo é preciso considerar o custo (cf. Lc 14.25-33). O discipulado envolve renúncia, sacrifício, trabalho, sofrimento!
– Seus discípulos precisariam considerar com seriedade o preço de segui-lo. Qual seria o melhor investimento? O terreno ou o celestial? Ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou, Perder o mundo e suas atraentes ofertas, mas ganhar a Cristo?
(3) Que deixe tudo e se submeta ao seu senhorio – vv. 21, 22:
– Jesus usou linguagem paradoxal em sua resposta: deixe que os mortos (espiritualmente) sepultem os mortos (fisicamente). O que Jesus quis dizer usando um exemplo tão forte?
“Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á. Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?” (Mt 16.25, 26).
“Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim; e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim” (Mt 10.37, 38).
Conclusão
– Até mesmo os laços familiares mais íntimos não devem ser postos acima da submissão a Jesus e da proclamação do reino:
“Mas Jesus insistiu: Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos. Tu, porém, vai e prega o reino de Deus. Outro lhe disse: Seguir- te- ei, Senhor; mas deixa- me primeiro despedir- me dos de casa. Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus” (Lc 9.60-62).
– O compromisso com Jesus deve ser sem reservas. Este é o preço que todo o discípulo deve estar disposto a pagar. Sua pessoa e missão deverão sempre vir em primeiro lugar.
Pr. Alan Kleber