“Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; 20 mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6.19-21).
(1) Os tesouros deste mundo terrenos são vulneráveis, pois se estragam e podem ser roubados
Os termos “traça” e “ferrugem” apontam para a realidade de que os tesouros terrenos perecem e podem ser desfalcados.
O pão ficam mofado, as roupas se gastam, os campos são tomados e infestados por pragas, os muros e cercas caem, os tetos desabam e apodrecem, as casas sofrem com goteiras. A lista é interminável! Cupins, fortes chuvas, secas, deslizamentos de terras, enfermidades das plantações e animais.
Os ladrões escavam e roubam. O sistema em que vivemos nos aflige com outros males sob os mesmos efeitos: inflação, duros impostos, bancarrotas, crises do mercado de capitais, gastos associados às longas enfermidades. Além disso, o corpo do homem, inclusive o dos mais fortes, se desgasta gradualmente. Quando ele morre, todos os tesouros terrenos, nos quais um dia ele depositou suas esperanças, se desvanecem com ele.
(2) Os tesouros celestiais são completamente diferentes, pois são celestiais e eternos
O apóstolo Pedro escrevendo a igreja de Cristo comunicou com muita clareza, porque os tesouros celestiais são infinitamente superiores: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros” (1Pe 1.3-4).
Segundo William Hendriksen, os tesouros no céu são completamente diferentes, porque:
- Somos pessoas completamente perdoadas por Deus (Mt 6.14);
- Nossas orações são respondidas (7.7);
- Nossos nomes arrolados no céu (Lc 10.20);
- Somos amados pelo Pai (Jo 16.27);
- Somos bem-vindos, não somente às mansões celestiais, mas também ao próprio coração do Salvador (Jo 14.2, 3);
- Temos uma plena participação na paz de Cristo (Jo 14.27);
- Na sua própria alegria (Jo 15.11);
- Na sua própria vitória (Jo 16.33);
- E na habitação interior e permanente do Espírito Santo (Jo 14.16, 26; 15.26).
Hendriksen prossegue dizendo que os tesouros celestiais são à prova de traça, e ferrugem, e furto. Eles são de duração eterna, como possessão intransferível dos filhos do Pai celestial. A Palavra de Deus quando fala a respeito desta herança nos ensina que tesouro celestial é:
- Como uma fidelidade que jamais será removida (Sl 89.33; 138.8);
- Como uma vida que jamais findará (Jo 3.16);
- Como um manancial de água que jamais cessará de fluir do interior daquele que a bebe (Jo 4.14);
- Como dádiva que jamais se perderá (Jo 6.37, 39);
- Como uma mão da qual a ovelha do Bom Pastor jamais será removida (Jo 10.28);
- Como uma corrente que jamais se partirá (Rm 8.29, 30);
- Como um amor do qual jamais nos separaremos (Rm 8.39);
- Como um chamado que jamais se revogará (Rm 11.29);
- Como um alicerce que jamais será destruído (2Tm 2.19);
- Como uma herança que jamais fenecerá (1Pe 1.4, 5).
Conclusão
O perigo não está em ajuntar tesouros, se nosso propósito e investir no Reino, sustentar a nossa família e socorrer o pobre e necessitado.
O amor ao dinheiro é a raiz detodos os males. Não há lugar em nosso coração para dois tipos tão diferentes detesouro. Portanto, o celestial deve vir antes do terreno, o imperecível antesdo perecível.
Pr. Alan Kleber