Parábolas sobre o velho e o novo

Parábolas sobre o velho e o novo

(Mt 9.14-17)

jejum, é dito que “os discípulos de João provavelmente estão se referindo a uma prática voluntária de jejum duas vezes por semana como um ato de piedade religiosa”. Essa informação combina com a fala de um fariseu na parábola sobre os que confiavam em si mesmos, registrada no Evangelho de Lucas: “jejuo duas vezes por semana” (Lucas 18.12). Outra informação importante aqui, é a de que João Batista estava preso nessa ocasião, o que nos leva a entender que, possivelmente, esse fato fosse um dos motivos pelo qual eles estavam jejuando. Tudo Isso nos ajuda a entender melhor a resposta do Senhor.

Nos versículos seguintes (vv. 15-17), vemos a resposta de Jesus aos discípulos de João. Em contraste com a situação de João, Jesus estava livre em companhia de seus discípulos, o seja, o noivo com seus convidados. Por isso os discípulos de Jesus não estavam jejuando, e nem mesmo deveriam, pois a ocasião não era de tristeza, e sim de festa. Jesus estava com eles até o momento em que seria tirado deles, e aí sim, eles jejuariam.

As duas parábolas são contadas na sequência da resposta dada aos discípulos de João (vv. 16, 17). Nelas, o Senhor “também os lembrou das regras comuns de prudência. Não era comum pegar um pedaço de pano de lã áspero, que nunca havia sido preparado, para juntar a uma roupa velha, pois ele não se juntaria bem à roupa velha e macia, mas a rasgaria ainda mais, e o rasgo ficaria pior.

Tampouco se colocaria vinho novo em odres velhos de couro, que estavam se deteriorando e poderiam
estourar com a fermentação do vinho; mas, colocando o vinho novo em odres novos e fortes de couro, ambos seriam preservados.”

Quanto a aplicação destas parábolas, o comentarista Hendriksen diz o seguinte:

Por meio de dois exemplos extraídos do cotidiano, Jesus evidencia quão impróprio seria que os discípulos agora jejuassem, como se, com a vinda de Cristo, houvera descido sobre eles uma terrível calamidade. A lição primordial comunicada consiste em que a nova ordem de coisas introduzida por Jesus, em sua vinda, trouxe cura aos enfermos, libertação aos endemoninhados, liberdade das preocupações aos angustiados, purificação aos leprosos, alimentação aos famintos, restauração aos inválidos e, acima de tudo, salvação aos perdidos em pecado; e isso não se adéqua aos antigos moldes do jejum instituídos pelo homem […] O que Jesus quis demonstrar é que a salvação que ele trouxe não estava em sintonia com jejuns dos quais a nota de alegria se achava toda excluída, e que isso era especialmente verdadeiro no tocante a seus discípulos, os homens que se mantinham na mais íntima relação com ele. O vinho
novo do resgate e as riquezas para quantos estavam dispostos a aceitar essas bênçãos, mesmo para
publicanos e pecadores, deve ser derramado nos novos odres da gratidão, da liberdade e do serviço espontâneo para a glória de Deus.

Vivamos irmãos, o novo modo de vida em Cristo Jesus, o qual é caracterizado por gratidão, liberdade e serviço ao nosso Redentor.

Em Cristo Jesus, nosso Salvador,
Rev. Elisson Oliveira


Referências bibliográficas

Barry, John D., Douglas Mangum, Derek R. Brown,
Michael S. Heiser, Miles Custis, Elliot Ritzema, Matthew
M. Whitehead, Michael R. Grigoni & David Bomar. 2012,Faithlife Study Bible. Bellingham, WA: Lexham Press. Mt 9.14.

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